Papa Francisco: o sonho de Martin Luther King de harmonia e igualdade continua atual

Silvonei José e Andressa Collet - Vatican News

Em dia de feriado nacional nos Estados Unidos pela celebração do Dia de Martin Luther King, comemorado sempre na terceira segunda-feira de janeiro e data próxima ao aniversário do ativista que estaria completando 92 anos, o Papa Francisco enviou uma mensagem à filha Bernice neste 18 de janeiro. O texto foi publicado num opúsculo junto a outras mensagens em homenagem ao evento e à figura de Martin Luther King Jr., líder do movimento pelos direitos civis dos afro-americanos.

As palavras do Pontífice foram dirigidas à filha, Bernice Albertine King, também ela uma ativista apaixonada, como o seu pai, e atual presidente do King Center de Atlanta.

Um sonho sempre atual

No mundo de hoje, escreve o Papa, “onde se multiplicam os desafios referentes às injustiças sociais, às divisões e aos conflitos que impedem a realização do bem comum, o sonho de Martin Luther King de harmonia e igualdade entre todas as pessoas, alcançado através da não violência e dos instrumentos de paz, permanece sempre atual”. Portanto, citando a "Fratelli tutti", o Papa reitera que "cada um de nós é chamado a ser um artesão da paz, unindo e não dividindo, extinguindo o ódio e não o preservando, abrindo os caminhos do diálogo".

Dessa forma, continua Francisco na mensagem, seremos capazes de nos ver não como "estranhos", mas como "próximos", na verdade da nossa dignidade comum, como filhos do Todo-Poderoso. Somente assumindo um forte compromisso para concretizar essa visão, continua o Papa, “podemos trabalhar juntos para criar uma comunidade baseada na justiça e no amor fraterno”.

O caminho da não violência

Em entrevista de junho de 2020 de Bernice concedida ao L'Osservatore Romano e ao Vatican News, a ativista falou sobre o compromisso pela igualdade, pela cultura de paz e pelo valor da não violência. Na oportunidade, um dia após o Freedom Day, Bernice enfatizou a grande harmonia entre o seu pai e o Papa Francisco, que ela encontrou duas vezes no Vaticano, em 2018. Ao recordar o apelo do Pontífice de não escolher o caminho da violência porque leva à autodestruição, Bernice destacou que "os meios que usamos devem ser coerentes com o objetivo que queremos alcançar, e se esse objetivo é a paz, certamente não podemos alcançar a paz com métodos violentos. E isso", acrescentou ela, "certamente está de acordo com o pensamento do meu pai. Se abraçarmos a não violência, poderemos fazer progressos na construção de um mundo mais justo, igualitário, humano e pacífico".

 
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