Santa Sé: é preciso igualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho

"A liberdade da pessoa em matéria econômica é um valor fundamental e um direito inalienável a ser protegido e defendido", disse claramente o monsenhor Janusz Urbańczyk, Observador Permanente da Santa Sé junto à Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), com sede em Viena. O encontro desta terça-feira (16) foi realizado em modalidade on-line na sessão de encerramento da primeira reunião preparatória ao 29º Fórum Econômico e Ambiental da organização.

Todos "deveriam ser capazes de fazer uso legítimo dos seus talentos", acrescentou ele, pedindo aos Estados-membros a "garantir um acesso justo e equitativo ao mercado de trabalho para todos os cidadãos, independentemente do seu sexo". Isso será possível, explicou o prelado, dando "um primeiro passo indispensável", ou seja, oferecendo "a possibilidade concreta de acesso à formação profissional" e "a remuneração igual para o trabalho igual" entre homens e mulheres.

Prestar atenção à família, célula fundamental da sociedade

Ao mesmo tempo, o Observador Permanente salientou a necessidade de "prestar atenção à família, célula fundamental da sociedade e elemento constitutivo da vida econômica do amanhã".  Na medida em que estão "intrinsecamente ligados à dignidade e ao desenvolvimento da pessoa humana", assim como "à melhoria da sociedade", o trabalho e a família, de fato, "formam uma unidade ou interdependência na qual a família tem, em última análise, um valor mais elevado". Daí a esperança do monsenhor de que o trabalho seja "prudentemente orientado para a família".

Reconhecer o trabalho das mulheres

O representante do Vaticano também fez um forte apelo para "lembrar o enorme papel do trabalho não remunerado das mulheres". Embora não reconhecido oficialmente pela economia formal, de fato, ele "contribui não apenas para o desenvolvimento econômico de cada país, mas também apoia os pilares fundamentais que governam uma sociedade e uma nação". A este respeito, o Observador Permanente citou "o trabalho nobre e não remunerado de educar crianças e cuidar dos idosos": verdadeiros "serviços sociais" nos quais um Estado teria que gastar muito, caso contrário. Portanto, mesmo que muito tenha sido feito no mundo do trabalho "no campo da igualdade entre homens e mulheres", concluiu o prelado, enquanto houver "diferenças injustificadas entre os sexos em termos de remuneração, seguro e previdência social, há mais trabalho" a ser feito.

 
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